sábado, 28 de março de 2009

Tratamento

Os distúrbios alimentares são multideterminados.
O tratamento do distúrbio alimentar é complexo, demoroso e especializado, reconhecidamente difícil, em que a eficácia do protocolo terapêutico depende da existência de condições adequadas e de uma equipa multidisciplinar que funcione de forma a lidar, eficazmente, com os aspectos psicológicos, psiquiátricos, médicos e sociais destes distúrbios.


O tratamento cognitivo-comportamental em termos gerais, faz-se em três etapas:

1ª Recuperação do peso e regularização do padrão alimentar
2ª Reestruturação cognitiva
3ª Prevenção da recaída

O tratamento é efectuado de acordo com alguns critérios:

  • Idade da jovem
  • Contexto da vida actual
  • Duração e evolução do distúrbio
  • Sintomatologia actual
  • Tratamentos anteriores
  • Personalidade prévia (depressão, problemas do controlo do impulso, etc.)
  • Estado físico

Habitualmente o tratamento cognitivo-comportamental é feito em regime de ambulatório, podendo em determinadas situações específicas (ex., perda de peso progressiva e acentuada com sérias complicações físicas, existências de índices elevados de psicopatologia, etc) ser necessária a hospitalização.

Regras Alimentares

A alimentação deve ser desequilibrada, por carência ou excesso, leva ao aparecimento de várias doenças.

Regras fundamentais:

• Refeições fraccionadas (três principais e duas a três intercalares)
• O pequeno-almoço é muito importante, não deve ser omitido
• É obrigatório o consumo diário de leite e derivados
• Comer legumes, saladas e frutas frescas diariamente

• Os cereais, leguminosas secas e batata são importantes em alimentação saudável

• O azeite é a melhor gordura, quer como tempero, quer para confecção.
• Consumir carne, peixe ou ovos em duas das refeições principais
• Evitar o consumo de gorduras saturadas (pizzas, batata frita, bolos, hambúrguer,…)
• Moderar o consumo de açúcar e alimentos açucarados

terça-feira, 24 de março de 2009

Sinais de Risco e Alerta

  • Emagrecimento rápido sem causa aparente
  • Redução na quantidade de alimentos ingeridos ou escolha de produtos magros ou de baixo valor calórico (dieta)
  • Desculpas frequentes para não comer ou para o fazer isoladamente
  • Praticar exercício físico em excesso
  • Amenorreia nas raparigas e perda de erecção nos rapazes
  • Mudança de temperamento (maior agressividade, irritabilidade e isolamento social)
  • Desenvolvimento de comportamentos ritualizados à refeição (como por exemplo cortar a comida aos bocadinhos)
  • Não assumir a fome
  • Isolamento social
  • Atitude extremamente critica em relação à imagem e forma corporal
  • Grandes oscilações de peso
  • Comer frequentemente grandes quantidades de comida de forma compulsiva
  • Comportamentos compensatórios do ganho de peso (ex. vómito)
  • Utilização de laxantes ou diuréticos
  • Instabilidade emocional (alteração de humor)

Distúrbios Alimentares

São doenças psiquiátricas estando na sua origem a interacção de factores psicológicos, biológicos, familiares e socioculturais. Caracterizam-se, fundamentalmente por alterações significativas do comportamento alimentar.
Os distúrbios alimentares ocorrem predominantemente nos países industrializados, tendo uma incidência menor nos países pouco desenvolvidos e fora do mundo ocidental. Afectam sobretudo as mulheres jovens. A importância relativa das influências socioculturais, biológicas, psicológicas e familiares e a forma como interagem entre si pode ser diferente consoante o período desenvolvimental da jovem, influenciando o aparecimento ou não do distúrbio alimentar e a sua cronicidade.

Sabe-se que não se deve a modas, mas que a pressão cultural para a magreza, a insatisfação e a preocupação com o peso podem contribuir, juntamente com outros factores, para um aumento da vulnerabilidade, que por sua vez pode levar á tomada de decisão de iniciar uma dieta. É pertinente referir que a dieta só por si não constitui uma condição suficiente para o desencadear de um distúrbio alimentar, mas é uma condição necessária, dado que não existem distúrbios alimentares sem dieta.



Introdução ao Tema

A adolescência é um período de mudanças significativas, alterações físicas, psíquicas e sociais.
Os problemas de saúde mais frequentes na adolescência estão relacionados com o crescimento e o desenvolvimento, com as doenças da infância que continuam na adolescência e com a
experimentação. Por causa dos seus novos comportamentos, os adolescentes tornam-se vulneráveis a certas condições relacionadas com tais atitudes, como as doenças transmitidas sexualmente. As adolescentes heterossexuais activas correm o risco de engravidar.
A adolescência é o momento da vida em que se manifestam certos quadros psiquiátricos, como a depressão e outras perturbações do estado de espírito, o que aumenta consideravelmente o risco de suicídio. As doenças alimentares, como a anorexia nervosa e a bulimia nervosa, são especialmente frequentes nos adolescentes.