O alcoolismo é o conjunto de processos relacionados com o consumo excessivo e prolongado do álcool, ou seja, é o vício de ingestão excessiva de bebidas alcoólicas.
Existem várias variantes do alcoolismo:
dependência, abstinência, abuso e intoxicação por álcool (embriaguez).
Aspectos gerais
O alcoolismo possui um forte poder de influência social e os alcoólicos tendem a evitar este estigma. Esta defesa natural para a preservação da auto-estima acaba por proporcionar atrasos na intervenção terapêutica. Para iniciar o tratamento é necessário que o alcoólico mantenha a sua auto-estima mas sem negar a sua condição de alcoólico.
As manifestações que comprovam que alguém é alcoólico podem começar com vómitos, dores abdominais, diarreia, gastrites, aumento do tamanho do fígado, tornando-se frequentes pequenas contusões e outros tipos de ferimentos. Para além destas, acontecem geralmente esquecimentos e aumento da susceptibilidade a infecções.
Existem vários aspectos que podem induzir ao alcoolismo: para ficar desinibido sexualmente, para evitar a vida sexual, devido a transtornos de ansiedade, depressões, insónias, problemas no trabalho/família/outros, etc.
Tratamento do Alcoolismo
O Alcoolismo, hoje em dia, já pode ser tratado com a utilização de três substâncias eficazes na supressão do desejo do álcool que são a naltrexona, a acamprosato e a ondansetrona.
• Naltrexona: o objectivo desta substância é o bloqueio do prazer proporcionado pelo álcool, cortando o ciclo de reforço positivo que leva e mantém o alcoolismo. Os principais efeitos da naltrexona são o enjoo, o vómito, mas não são intensos ao ponto de impedir a continuação da sua ingestão.
• Acamprosato: esta substância além de inibir os efeitos da abstinência, inibe os efeitos do álcool, diminuindo as taxas de recaídas para os pacientes que interrompem o consumo do álcool. Esta substância também tem efeitos secundários, como a confusão mental leve, dificuldade de concentração, alterações das sensações nos membros inferiores, dores musculares e vertigens.
• Ondansetrona: há poucos estudos sobre a eficácia desta substância no alcoolismo, mas sabe-se que a sua utilização recai sobre os pacientes alcoólicos à pouco tempo. Inibe o reforço positivo, ou seja, inibe o prazer que álcool proporciona.
Problemas causados pelo Alcoolismo
O consumo excessivo e prolongado do álcool provoca diversos efeitos sobre o organismo humano:
• Tubo digestivo e estômago: irritação da mucosa gástrica, o que pode provocar inflamação e ulceração e também diminui as secreções, ou seja, inibe a transformação dos alimentos.
• Fígado: neste órgão ocorre um processo conhecido como a cirrose alcoólica em que as células do fígado vão desaparecendo.
• Sistema Nervoso Central: o álcool perturba o funcionamento normal do sistema nervoso central. Num primeiro estado, a pessoa após ter bebido, parece ter um comportamento normal, mas a rapidez e a precisão dos reflexos estão já um pouco menores do que o normal. Num segundo estado, ocorre a alteração dos centros inibidores, em que a pessoa experimenta uma sensação de bem-estar, de euforia, de excitação, havendo um descontrolo na fala, no andar, na audição e na visão. Num terceiro estado, acentuam-se os sintomas, havendo uma imprecisão de movimentos. Num quarto estado, podem ocorrer alucinações, excitação motora desordenada, perda da sensibilidade, perda da consciência e pode em alguns casos levar a violência.
• Os alcoólicos tornam-se mais susceptíveis a infecções
• Afecta o desejo sexual e pode levar à impotência
• Nas mulheres, leva à diminuição da menstruação, infertilidade e afecta certas características sexuais femininas
• Nos homens, pode ocorrer a diminuição das hormonas masculinas e ocorrer o atrofiamento das células produtoras de testosterona.
Quais são os motivos que levam alguém a consumir bebidas alcoólicas?
O alcoolismo é uma doença que pode prejudicar a pessoa que o consome e não só, pois muitas vezes pode originar comportamentos violentos.
Estes comportamentos violentos muitas vezes são originados por frustrações e tensões, que com o consumo excessivo de álcool vêm ao de cima.
Existem diversos motivos para que uma pessoa consuma álcool, como:
- Porque o alcoólico tem necessidade de álcool para aceitar a realidade
- Porque tem tendência a fugir às responsabilidades
- Sofre de angústia, é agressivo resiste mal às frustrações e às tensões
- Porque nele o nível de consciência tende a levá-lo a uma conduta impulsiva
- Negligência perante a família- Frequentes perdas de emprego
- Problemas financeiros
- Agressividade perante a sociedade
- Dificuldade em colaborar
Como se define o consumo de álcool?
Perceba as diferenças entre o consumo e a dependência do álcool. A Organização Mundial de Saúde (OMS) classifica os consumos de álcool em:
- Consumo de risco;
- Consumo nocivo;
- Dependência.
- Consumo de risco - é um padrão de consumo que pode vir a implicar dano físico ou mental se esse consumo persistir.
- Consumo nocivo - é um padrão de consumo que causa danos à saúde, quer físicos quer mentais. Todavia não satisfaz os critérios de dependência.
- Dependência - é um padrão de consumo constituído por um conjunto de aspectos clínicos e comportamentais que podem desenvolver-se após repetido uso de álcool, desejo intenso de consumir bebidas alcoólicas, descontrolo sobre o seu uso, continuação dos consumos apesar das consequências, uma grande importância dada aos consumos em desfavor de outras actividades e obrigações, aumento da tolerância ao álcool (necessidade de quantidades crescentes da substância para atingir o efeito desejado ou uma diminuição acentuada do efeito com a utilização da mesma quantidade) e sintomas de privação quando o consumo é descontinuado.
Quais as consequências destes tipos de consumos?
O consumo de álcool contribui mais do que qualquer outro factor de risco para a ocorrência de acidentes domésticos, laborais e de condução, violência, abusos e negligência infantil, conflitos familiares, incapacidade prematura e morte. Relaciona-se com o surgimento e/ou desenvolvimento de numerosos problemas ou patologias agudas e crónicas de carácter físico, psicológico e social, constituindo, por isso, um importante problema de saúde pública.
Os hábitos de consumo diferem sensivelmente entre homens e mulheres, mas os homens consomem mais. No entanto, a idade de início do consumo é cada vez mais precoce e assiste-se ao aumento do consumo nos jovens e nas mulheres.
Muitos factores contribuem para o desenvolvimento dos problemas relacionados com o álcool como sejam o desconhecimento dos limites aceitáveis quando se consome e dos riscos associados ao consumo excessivo.
Um dos benefícios de ser feita a detecção precoce é o facto de os indivíduos que não são dependentes do álcool poderem parar ou reduzir os seus consumos de álcool com adequada intervenção, a qual deverá ser feita pelo seu médico assistente.
Verdade ou mentira?
O álcool não aquece – o álcool faz com que o sangue se desloque do interior do organismo para a superfície da pele, provocando sensação de calor. Mas este movimento do sangue provoca uma perda de calor interno, já que o sangue se encontra a uma temperatura que ronda os 37º e que é quase sempre superior à temperatura ambiente. Quando o sangue regressa ao coração há necessidade de o organismo despender energia no restabelecimento da sua temperatura.
O álcool não mata a sede – a sensação de sede significa necessidade de água no organismo. As bebidas alcoólicas não satisfazem esta falta, provocando, ainda, a perda através da urina, da água que existe no organismo, o que vai aumentar a carência de água, e, portanto a sede.
O álcool não dá força – o álcool tem um efeito estimulante e anestesiante, que disfarça o cansaço provocado pelo trabalho físico ou intelectual intenso, dando a ilusão de voltarem as forças. Mas depois o cansaço é a dobrar, porque o organismo vai gastar ainda mais energias para "queimar" o álcool no fígado.
O álcool não ajuda a digestão e não abre o apetite – o álcool faz com que os movimentos do estômago sejam muito mais rápidos e os alimentos passem precocemente para o intestino sem estarem devidamente digeridos, dando a sensação de estômago vazio. O resultado é a falta de apetite e o aparecimento de gastrites e de úlceras.
O álcool não é um alimento – o álcool não tem valor nutritivo porque produz calorias inúteis para os músculos e não serve para o funcionamento das células. Contrariamente aos verdadeiros alimentos, ele não ajuda na edificação, construção e reconstrução do organismo.
O álcool não é um medicamento – é exactamente o contrário porque provoca apenas excitação e anestesia passageiras que podem esconder, durante algum tempo, dores ou sensação de mal-estar, acabando por ter consequências ainda mais graves.
O álcool não facilita as relações sociais – o álcool em quantidades moderadas tem um efeito desinibidor que parece facilitar a convivência. Mas trata-se de uma ilusão, porque nem sempre é possível controlar os consumos nesse ponto e porque a relação com os outros se torna pouco profunda e artificial.
Mas não deve beber rigorosamente nada:
Se estiver grávida ou a amamentar;
Se conduzir ou trabalhar com uma máquina;
Se tomar medicamentos;
Em situação de doença;
Em situação de dependência alcoólica;
Se tiver menos de 18 anos de idade.
As mulheres grávidas não devem ingerir bebidas alcoólicas porque o álcool será absorvido pelo organismo do bebé através do sistema circulatório, o que, na prática, significa que o bebé absorve o que a mãe bebe. Se a mulher grávida beber muito ou beber frequentemente, o bebé em gestação está permanentemente sob a influência do álcool. O mesmo acontece com as mulheres que amamentam.
Acho que faltou apenas disser se o alcoól afeta o desinvolvimento dos adolesentes ! :D
ResponderEliminarSOU ALCOOLATRA EM RECUPERAÇÃO ,E FREQUENTO GRUPO DE AUTO-AJUDA Á SEIS ANOS .A REPORTAGEM É PRODUTIVA POREM SOMENTE FALA DOS EFEITOS DE QUEM ESTÁ NO USO.FOCAR A RECUPERAÇÂO ,È DE EXTREMA IMPORTANCIA SEMPRE DEIXANDO CLARO QUE SE DEVE EVITAR O PRIMEIRO GOLE POIS O ALCOOLATRA NÃO SABE BEBER "SOCIALMENTE" PARA NÓS UM COPO È O INICIO DE VÁRIOS OUTROS ,NÃO SABEMOS PARAR,E TB NÃO ESQUECENDO DE QUE A FAMÍLIA SOFRE A CHAMADA CO-DEPENDENCIA E ACABA TB SOFRENDO COM A DOENÇA .
ResponderEliminardar maior enfase aos problemas que o vicio causa,para que os jovens não entrem por esse caminho
ResponderEliminarsou alcoolatra,já pedi ajuda atodos,mas sei q só EU posso me ajudar-tenho muitas dores musculares,dificuldade de orgasmo pouca ejaculação e carencia de afeto etudo dito "no artigo" valeu!!!
ResponderEliminaramigo se você voltou a ver esse artigo queria dizer que você eta certo,má,aqui vai um conselho,peça a ajuda de Deus,ore leia a sua palavra e encontrar uma igreja mais pro sima de você isso ajudara a você a se livrar dese vicio
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